Hiperbórea na Idade Média e nos Descobrimentos

Hiperbórea na Idade Média e nos Descobrimentos
De 1492 ao século XVII, muitos geógrafos e exploradores especularam sobre a existência real da terra dos hiperbóreos no extremo Norte e muitos cartógrafos incluíam um continente polar em seus mapas.
O mapa de Johannes Ruysch, de 1508, mostrava quatro enormes ilhas no pólo. Duas delas - a que ficava ao norte da Groenlândia e sua oposta - eram rotuladas Insula Deserta, a que ficava ao norte da Europa era a dos hiperbóreos e a quarta, ao norte da América, era chamada Aronphei. Chamou as águas entre as quatro ilhas de Mare Sugenum e descreveu um gigantesco redemoinho que sugava o mar para o interior da Terra. O mapa mostra também um anel de pequenas ilhas desabitadas, muito montanhosas, em torno das quatro maiores.
O mais influente desses mapas, do cartógrafo Gerardus Mercator, de 1607, mostra uma rocha "negra e altíssima" no pólo norte, no meio de um grande lago ou mar interior e rodeada por quatro grandes ilhas, separadas por "rios" de água salgada que correm do Oceano Ártico para o mar central, onde são sugados para o interior da Terra por um redemoinho. É dito que a corrente é tão forte que um navio que por eles seguisse não conseguiria voltar com a força das velas. Uma dessas ilhas, ao norte da América e Groenlândia, é descrita como de clima "salubérrimo". Em outra, ao norte da Escandinávia e Spitzbergen, são assinalados "pigmeus de até 4 pés (1,2 metro) de altura".