Três casais (Chamas Gêmeas) de gigantes, com aproximadamente 3,50 m pisaram o solo virgem da Terra e neste instante os raios do sol central do planeta (Surya, sol intraterreno), escoando- se através da grande abertura polar, chocaram-se na muralha formada pelas nuvens da superfície e se espalharam pelo céu, decompostos em todas as cores possíveis e imagináveis - formou-se uma magnífica aurora boreal.
Os Manus decidiram que os primeiros habitantes do planeta constituiriam a Raça dos Els. O nome El é um dos nomes de Deus e também significa”elevação”. Os três casais então se concentraram. Fecharam os olhos e com certeza fizeram alguma invocação mágica silenciosa. Os três casais – os Manus, os Instrutores e os Conselheiros se transformaram na própria aurora boreal. Seus corpos, agora transparentes de luz, irradiavam as mesmas luzes e cores do sol central, o mesmo fulgor que tingia o pólo norte.
O Pai Criador vibrando através dos tempos e dos Universos também estava presente na pessoa daqueles três casais. O casal de Manus passou a respirar mais fortemente que os outros; eles inspiravam pela boca, sustentavam o alento, expiravam pelo nariz e, a seguir, faziam nova pausa. É essa a Respiração do Fogo. E não por acaso seus cérebros passaram a arder como Surya, o sol central do planeta – um brilho suave, de infinitas nuances – que ardia sem queimar. A Paz que existe no Centro emergiu à superfície da Terra e se estendeu para além dos espaços ocupados pela aurora boreal. Nesse momento, a temperatura da crosta terrestre igualou-se à das regiões intraterrenas; passou a ser um verão ameno. De repente, a cabeça do casal de Manus pareceu explodir. Uma chuva de fagulhas, nas cores ouro e prata, caiu, torrencial, por todo o hemisfério norte. Choveu, choveu, choveu.
A aurora boreal terminou, a chuva também. A Lua crescente se fez visível no céu. Os Els, dentro de seus casulos de ouro e prata, pareciam-se com todos os fetos. A Lua exibiu suas outras faces muitas vezes... O sexo dos Els foi definido: era duplo, cada um deles era um casal, sempre a fêmea por dentro do corpo do macho. Depois de muito tempo, os sexos se separaram. E no seu tempo, a primeira Raça humana desabrochou. Em qualquer lugar do Universo, a primeira expressão de todo indivíduo – falando ou pensando ou sentindo – é: EU SOU. Os Els não fugiram à regra. Mais de três milhões deles, despertando do que parecia ter sido um longo sono e repetindo: EU SOU, EU SOU... Usando de sua Onipresença, os Mestres , envoltos num manto de invisibilidade, estavam ao lado de cada novo ser que despertava para a vida e ouviram o EU SOU . Depois do EU SOU e da inevitável identificação com a Divindade em si mesmos, os Els voltaram sua atenção para os corpos através dos quais eles estavam se expressando, bem diferentes dos humanos da atualidade; era um corpo pouco denso, de átomos pouco coesos. Então, da aliança da Grande Vida com os Filhos-Homens fez-se a primavera. A primeira Primavera crística do planeta.
A palavra Manu significa “pai de uma raça humana”. Em permanente identificação com o Criador – para que Sua Vontade seja cumprida fielmente, os Manus constroem no éter um tipo padrão da nova Raça; um protótipo feito em três dimensões (para os mundos tridimensionais). Esse protótipo é chamado Adam Kadmon, e cada Raça humana tem o seu.
Essa foi a primeira Raça criada na Terra. Com o passar dos tempos outras se seguiram. As três primeiras Raças Raízes, a dos Els, a dos Issim e a dos Aben não mais existem sobre a Terra. Cada Raça-Raiz tem um período determinado para desenvolver- se, ou seja, uma Roda Cósmica, correspondente a sete ciclos de 2.000 anos.
fonte:Caminhos de Luz