Manus

Manus

 

Manu é uma consciência que transcendeu a individualidade e que revela o propósito de um ciclo completo de manifestação da vida planetária. Entre suas tarefas está a de gerir o nascimento das Raças e também as mudanças a serem realizadas nos diferentes escalões da obra da Hierarquia interna da Terra. É a consciência-síntese das Hierarquias encarregadas de conduzir os seres humanos à evolução cósmica. Por seu intermédio, a energia dos Jardineiros do Espaço pode ancorar na Terra e realizar o seu trabalho. O Manu é o foco receptor e irradiador da perfeição atingida pelos indivíduos que de modo mais puro exprimiram o arquétipo da Raça. Permeados pela sua energia, formam um núcleo que auxilia a transformação da humanidade como um todo e a implantação nela de novos padrões de conduta. Na literatura esotérica, o termo Manu também designa consciências regentes de um ciclo de uma ou de sete Raças.
  Quando o cenário físico da Terra - que são o próprio planeta e a flora – já estava montado, ou seja, quando a vida física já se materializou, mesmo de uma forma muito etérea, o trabalho dos Elohim estava chegando ao fim. Novos personagens estão entrando em cena. Eles se aproximam da Terra de um modo um tanto velado, pois são os tripulantes de uma nave-laboratório muito especial, a Lua e vem cumprir uma tarefa muito especial... Seus tripulantes, os Pitris, são Irmãos bem graduados dentro da organização da Fraternidade Branca. Seu trabalho está ligado com a criação de mundos e, nesse trabalho, eles representam, controlam e dirigem a energia cósmica feminina, o magnetismo. Suas próprias Presenças são a essência do magnetismo lunar. Eles já estiveram em vários outros sistemas solares e, de lá, de sua nave-laboratório, irradiaram energia lunar para mundos que dela necessitavam. Cumprida a missão, seguiram caminho, às vezes deixando um espaço vazio e em outras vezes, deixando em seu lugar uma outra lua (desta vez natural) – aliás, a troca de luas é fato bem corriqueiro na organização de sistemas. Os Pitris Lunares estão vindo para auxiliar o planeta e suas humanidades futuras no seu processo de densificação; esse é também um dos efeitos dos raios lunares. Os Pitris são a própria essência do magnetismo lunar; eles vêm para materializar o corpo físico denso da humanidade e desenvolver o seu psiquismo. A Terra física, produto do trabalho dos Elohim, apresenta, nessa época, dois oceanos chamados Pantalassa e três continentes: dois na superfície, Laurásia e Gondwana e um intraterreno (Agartha).
 
O Planeta Terra ainda era muito etérico; não havia muita coesão atômica. Por isso, a primeira Raça humana, necessariamente, teria de ser –e foi! – bem mais alta que as demais.No final da era Paleozóica, os Pitris estão enviando um grande facho de luz para a Terra, pois sabem que está na hora de começar os preparativos para a primeira humanidade.
 

 Três casais (Chamas Gêmeas) de gigantes, com aproximadamente 3,50 m pisaram o solo virgem da Terra e neste instante os raios do sol central do planeta (Surya, sol intraterreno), escoando- se através da grande abertura polar, chocaram-se na muralha formada pelas nuvens da superfície e se espalharam pelo céu, decompostos em todas as cores possíveis e imagináveis - formou-se uma magnífica aurora boreal. 

  Os Manus decidiram que os primeiros habitantes do planeta constituiriam a Raça dos Els. O nome El é um dos nomes de Deus e também significa”elevação”. Os três casais então se concentraram. Fecharam os olhos e com certeza fizeram alguma invocação mágica silenciosa. Os três casais – os Manus, os Instrutores e os Conselheiros se transformaram na própria aurora boreal. Seus corpos, agora transparentes de luz, irradiavam as mesmas luzes e cores do sol central, o mesmo fulgor que tingia o pólo norte.

O Pai Criador vibrando através dos tempos e dos Universos também estava presente na pessoa daqueles três casais. O casal de Manus passou a respirar mais fortemente que os outros; eles inspiravam pela boca, sustentavam o alento, expiravam pelo nariz e, a seguir, faziam nova pausa. É essa a Respiração do Fogo. E não por acaso seus cérebros passaram a arder como Surya, o sol central do planeta – um brilho suave, de infinitas nuances – que ardia sem queimar. A Paz que existe no Centro emergiu à superfície da Terra e se estendeu para além dos espaços ocupados pela aurora boreal. Nesse momento, a temperatura da crosta terrestre igualou-se à das regiões intraterrenas; passou a ser um verão ameno. De repente, a cabeça do casal de Manus pareceu explodir. Uma chuva de fagulhas, nas cores ouro e prata, caiu, torrencial, por todo o hemisfério norte. Choveu, choveu, choveu.

 

A aurora boreal terminou, a chuva também. A Lua crescente se fez visível no céu. Os Els, dentro de seus casulos de ouro e prata, pareciam-se com todos os fetos. A Lua exibiu suas outras faces muitas vezes... O sexo dos Els foi definido: era duplo, cada um deles era um casal, sempre a fêmea por dentro do corpo do macho. Depois de muito tempo, os sexos se separaram. E no seu tempo, a primeira Raça humana desabrochou. Em qualquer lugar do Universo, a primeira expressão de todo indivíduo – falando ou pensando ou sentindo – é: EU SOU. Os Els não fugiram à regra. Mais de três milhões deles, despertando do que parecia ter sido um longo sono e repetindo: EU SOU, EU SOU... Usando de sua Onipresença, os Mestres , envoltos num manto de invisibilidade, estavam ao lado de cada novo ser que despertava para a vida e ouviram o EU SOU . Depois do EU SOU e da inevitável identificação com a Divindade em si mesmos, os Els voltaram sua atenção para os corpos através dos quais eles estavam se expressando, bem diferentes dos humanos da atualidade; era um corpo pouco denso, de átomos pouco coesos. Então, da aliança da Grande Vida com os Filhos-Homens fez-se a primavera. A primeira Primavera crística do planeta.

A palavra Manu significa “pai de uma raça humana”. Em permanente identificação com o Criador – para que Sua Vontade seja cumprida fielmente, os Manus constroem no éter um tipo padrão da nova Raça; um protótipo feito em três dimensões (para os mundos tridimensionais). Esse protótipo é chamado Adam Kadmon, e cada Raça humana tem o seu.

Essa foi a primeira Raça criada na Terra. Com o passar dos tempos outras se seguiram. As três primeiras Raças Raízes, a dos Els, a dos Issim e a dos Aben não mais existem sobre a Terra. Cada Raça-Raiz tem um período determinado para desenvolver- se, ou seja, uma Roda Cósmica, correspondente a sete ciclos de 2.000 anos.

fonte:Caminhos de Luz